terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cleo Pires: ''Ter filhos é o caminho natural. Eu amo criança''

Nesta entrevista exclusiva, atriz revela sua receita para viver um grande amor sem paranoias e fala sobre o desejo de ser mãe.
''Pode ser que a gente se case de repente, mas não acho que é preciso assinar um papel. Eu já me sinto casada''
''Pode ser que a gente se case de repente, mas não acho que é preciso assinar um papel. Eu já me sinto casada''
Uma nova tatuagem instalou-se no ombro esquerdo de Cleo Pires há poucos meses: ali, ela mandou escrever soeurs (irmãs, em francês). A inscrição veio se juntar a outras oito espalhadas por seu corpo (a última delas, um dragão, ainda inacabada) e foi feita em parceria com a irmã Antônia, 18, quando a atriz gravava a novela Araguaia em Pirenópolis (GO), no ano passado. A cumplicidade marcada pela tatuagem revela um traço relevante na personalidade de Cleo, 28 anos, o de ser uma garota de família. O núcleo formado pelos pais, Gloria Pires, 47, e Orlando Morais, 49, são o eixo gravitacional de Cleo, que segue quase indiferente ao papel de musa, idolatrada por uma legião de marmanjos dispostos a babar por ela.

Há dois anos, Cleo ganhou mais um ponto em torno do qual gravitar, o publicitário João Vicente de Castro, 28. Juntos, os dois chegaram a cogitar um casamento formal e marcaram data, 28 de dezembro do ano passado. A sogra da atriz, a estilista Gilda Midani,50, ficou à frente de tudo. Seriam apenas 150 convidados recepcionados na
própria residência do casal, no Itanhangá, e o vestido seria seu presente (chegou a começar a ser confeccionado).

A intensa agenda fez Cleo mudar os planos e tudo foi adiado. ''Quando tiver de acontecer vai acontecer, mas não quero fazer da minha união um evento. Não gosto disso'', avisa a atriz, em entrevista à CONTIGO, antes de viajar pelo país com o lançamento do filme Qualquer Gato Vira-Lata, de Tomás Portella, em que dá vida à sua primeira protagonista no cinema.

Sobre o status da relação, ela reforça que é casada: ''Não ligo para essas convenções, existe a vontade das famílias. Pode ser que a gente se case de repente, mas não acho que é preciso assinar um papel. Eu já me sinto casada. Tenho no João um companheiro, um cara que eu admiro. Quero que a gente dê certo.''

Vida a dois

Cleo e João moram em uma casa no mesmo condomínio da família da atriz desde setembro do ano passado. ''Eu não me sinto muito dona de casa, mas cuido das minhas
coisas. Não fico na paranoia em deixar tudo impecável. A casa é nossa, então quando eu estou lá fico mais perto das funções, e quando João está, idem. Assim achamos um equilíbrio. Não há cobrança entre nós. Tenho uma secretária (Ana Afonso) que é um anjo da guarda. Outro dia fomos tomar banho na banheira e descobrimos um vazamento. Eu e João saímos no meio do banho, com tudo alagado. O chão de madeira subiu e a porta não abria nem fechava'', lembra a atriz, soltando uma gargalhada. Então veio o anjo da guarda e resolveu o problema.

Em casa, Cleo assume o fogão para fazer sua especialidade: brigadeiro. ''É um sucesso! Já João é bom nas massas e prepara um mexidão com ovos delicioso. Fora o brigadeiro, não me arrisco na cozinha.''

Sem mistério

A rotina não é um problema para eles, mas o casal encontrou uma receita infalível para evitar estresses. ''Não podemos deixar que coisas chatinhas minem a relação. É um esforço diário, temos de ficar atentos para saber o que pode pegar. Como tudo na vida, é questão de trabalho'', ensina Cleo. E continua, muito franca, a explicar sua receita de vida a dois: ''Eu não sou fácil de conviver porque sou exigente, cheia de argumentos, curiosa. Mas não gosto de ‘DR’ (discutir a relação) nem de questionar sobre coisas pessoais. Não fico fuçando a vida dele. É fundamental que haja respeito, admiração, parceria, vontade de fazer parte das coisas daquela pessoa e eu dou abertura ao João para isso. Não tem mistério, é simples.''

Hora de engravidar

Cleo e João se conhecem desde a adolescência, mas se reencontraram em maio de 2009, quando descobriram forte afinidade, que não se limitou à paixão por cinema, a encontros com amigos ou a jogar videogame. ''Eu admiro a essência do João, consegui enxergá-lo além das máscaras sociais. É essa pessoa que eu amo. A partir daí criamos um companheirismo que para a gente é casamento.''

O desejo de ter filhos faz parte dos planos do casal, e a mãe da atriz, Gloria Pires, já disse que não vê a hora de ser avó. ''Ter filhos é o caminho natural. Eu amo criança, admiro João e adoraria que os genes dele estivessem nos meus filhos. Minha mãe não faz pressão, apenas tem forte desejo de ser avó'', esclarece Cleo, acrescentando que a carreira não interfere na decisão. ''Não acho que a profissão adie uma gravidez. Eu tenho um exemplo maravilhoso em casa e acho que a melhor educação que minha mãe deu foi o exemplo dela. Ela é independente, muito amorosa com os filhos e tem a carreira dela. As coisas vão juntas. Eu realmente não estou me programando para isso, mas pode acontecer a qualquer momento'', explica a atriz, que já abriu mão dos métodos contraceptivos, porém afirma que ainda não passou por alarme falso. ''Não sou de ficar sonhando acordada nem entrando em devaneios (sobre estar preparada para assumir o papel de mãe). Deixo as coisas acontecerem e vou vivendo cada etapa.''

Sem mistério

Cleo conta que começou a namorar aos 14 anos e intercalou períodos de romances longos com fases de solterice plena, as quais diz que curtiu muito. E, de volta ao manual de Cleo para a felicidade, completa: ''Eu não preciso de homem para ser feliz, mas, se tenho alguém como João, com quem eu quero ficar para a vida inteira e fazer projetos, vou fazer o possível para que essa relação seja saudável e me dê alegria''. E João? Como é para ele saber que fisgou uma das mulheres mais desejadas do país? ''Ele ama o mulherão que tem em casa'', diz Cleo bem-humorada. ''E não alimenta essas coisas. Nosso relacionamento é maior que isso. Ele me apoia.''

Uma gata e tanto

Na comédia romântica Qualquer Gato Vira-Lata, que estreia nesta semana, Cleo é Tati, uma garota apaixonada pelo namorado mulherengo, Marcelo (Dudu Azevedo). Ela busca ajuda de seu professor de biologia (Malvino Salvador) para reconquistar o namorado. ''No início ela é muito insegura, mas quer acertar para ser feliz. Nessa busca ela se descobre e isso tem a ver comigo. Ela deixa de ser insegura e histérica para se encontrar, ficar mais serena, mais madura'', compara a atriz com a sua personalidade. ''O filme passa a ideia de que não existe uma regra no amor. Existe, sim, a  descoberta do que é bom para você ou não. Não é um filme moralista'', analisa a atriz. ''O cinema é o que realmente fala mais à minha alma'', diz Cleo, que se prepara para fazer um curso de interpretação em Los Angeles. ''Eu ia fazer o filme Open Road, porém alguns pontos de vista diferentes pesaram, mas não houve brigas'', esclare Cleo, sobre a produção estrangeira, sem descartar uma futura carreira internacional.



''Não podemos deixar que coisas chatinhas minem a relação. É um esforço diário. Como tudo na vida, é uma questão de trabalho'' 
FONTE:Contigo

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