quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"Filme levou 17 anos para acontecer", diz Gloria Pires sobre ‘Flores Raras’

Em entrevista ao Fantástico, a atriz contou que foi convidada para ser a protagonista do filme em 1995.

"Ela era visionária, uma esteta, tinha conhecimentos vários de arquitetura, de botânica, de pintura, de literatura, uma série de coisas, mas não tinha uma formação acadêmica. Ela era amiga íntima do então governador Carlos Lacerda, que sabendo dessas qualidades todas, coloca a Lota como presidente do grupo de trabalho do Parque do Aterro do Flamengo", diz a atriz.
Glória conta que Lota foi vítima de críticas não apenas pelo relacionamento com outra mulher, mas também por ser uma arquiteta autodidata, ou seja, não fez faculdade de arquitetura.
"A Lota foi uma mulher à frente do seu tempo. Era filha de uma família muito conhecida de políticos e jornalistas. Ela sendo homossexual teve, como outros homossexuais, que ter sua vida colocada um pouco fora dos holofotes e em um momento, do auge da maturidade dela, quando ela vai à frente desse projeto e começa a construção do parque do Aterro do Flamengo, é atacada de todas as formas porque ela não tinha uma formação acadêmica".
O projeto de levar a história da arquiteta Lota às telonas não é novo: Glória foi convidada para ser a protagonista de "Flores Raras" em 1995.
"Você vê como a vida é tão interessante. Eu sempre digo que a vida real é muito mais incrível do que qualquer dramaturgia, qualquer ficção. Esse filme levou 17 anos para acontecer. Veio estrear no momento em que a homossexualidade, em que o casamento homossexual, dos direitos de adoção, tudo isso está tão forte. É um assunto comum. A hora que veio essa história pra minha mão, eu não vou deixar isso passar. Dezessete anos depois, está aí estreando", finaliza.
Fonte:Fantastico

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