
Cleo Pires já havia dito em entrevista para a Revista da TV que a irmã Antonia Morais era uma gênia no quesito musical. E parece que não estava exagerando. Durante o Fashion Rio, a grife Ausländer escolheu a música "The Love Set" (clique aqui para ouvir um pedacinho), de autoria da atriz, para abrir o seu desfile. Da plateia, Antonia pôde assistir, de perto, à reação do público. Muitos nem desconfiavam que aquela voz com um quê internacional era dela. Mas um tímido mexer de pernas e ombros dos que ouviam o som pela primeira vez foi o suficiente para comprovar que seu talento está mais do que aprovado.
- Foi uma surpresa. Não parei para pensar na dimensão disso, até porque aconteceu muito rápido. Em um dia, o Cadinho (diretor criativo da marca) me disse que queria ouvir algumas composições minhas e pouco depois perguntou se poderia usá-la na passarela - explicou ela, que descreveu a experiência como diferente e inesperada.
- Gosto do encontro da música com a moda. E foi legal ver a minha tocar em um cenário diferente - contou Antonia. Abaixo, confira a entrevista completa com a atriz e, agora, cantora!
Qual lembrança mais antiga tem da música na sua vida?
A mais antiga realmente não lembro. Música sempre esteve muito presente na minha vida. Meu pai (Orlando Morais) tem um estúdio em casa, onde ele gravava os discos e lembro que ficava enfurnada lá, acompanhando tudo, ou criando desde novinha.
Quando começou a compor e percebeu que queria explorar mais seu lado musical?
Quando tinha uns 10 anos. Antes disso, só escrevia textos soltos mesmo. Meu lado musical nunca deixou de ser explorado, sempre ouvi muita música e nunca parei de escrever. Mas no ano passado, especialmente, passei por situações que me marcaram internamente e senti uma necessidade fora do comum de me expressar sem limites. E a música me deu essa liberdade. Parecia que se não colocasse tudo para fora, ia explodir.
E em que momentos surgem suas inspirações?
Não tem um momento certo do dia. Às vezes é no meio da noite, outras no meio de um compromisso. Meu caderno de composição anda comigo para cima e para baixo.
Além de compor, você faz a base e canta. Como é todo este processo?
É um processo livre para mim, não tem regras ou rituais. Porém, exige muito do meu tempo, do emocional e mental. Eu faço tudo sozinha e nunca tive aula de produção musical. Então, às vezes, levo mais tempo do que o comum para descobrir como faz certas coisas. Em alguns casos, fico horas ou dias na frente de um computador, obcecada pela construção daqueles sons. É mágico. O tempo é relativo, já fiz uma música inteira em duas horas. E já demorei uma semana e meia viajando em uma base só. Comecei no Garage Band quando tinha uns 13 anos. Mas, hoje em dia, fico no Logic Pro e Pro Tools.
Tem vontade de fazer apresentações também?
Sim, penso em futuras apresentações, mas ainda estou no meio de um processo de criação. Então, ainda não penso muito nisto. Só sei que não seria nada muito convencional. Se eu subisse em um palco para fazer meu som seria para fazer do meu jeito, para surtar mesmo. Algo insano.
Acha que seu pai teve influência no seu gosto pela música?
Tenho certeza que sim. Meu pai sempre foi muito influente para mim, além de sempre ter incentivado minhas ousadias artísticas. Nós somos muito parecidos e ele está me apoiando como ninguém.

Fonte:Ela Por Aí
Nenhum comentário:
Postar um comentário