O autor garante que reescreveu todos os diálogos da trama.
A eterna queda de braços entre homens e mulheres, que motivou Silvio de Abreu e Carlos Lombardi a escrever Guerra dos Sexos, em 1983, se deslocou 30 anos na história. Há três décadas a trama, cuja nova versão estreia na segunda-feira (1º) na Globo - fazia outro sentido. O país ainda estava sob censura, a mulher começava a se destacar no mercado de trabalho e seus direitos e comportamentos iniciavam um processo mais igualitário na vida doméstica e profissional.
Hoje em dia, no entanto, focar no equilíbrio entre sexos mais parece assunto de época diante de tantos avanços comportamentais femininos em casa e no trabalho. Por isso, o remake que Silvio de Abreu estreia no dia 1 de outubro, na Globo, foca principalmente na modernização das relações e nos avanços tecnológicos que influenciaram o autor a reescrever grandes trechos da história novamente dirigida por Jorge Fernando.
"Essa novela não é um remake. Seria se eu refizesse o que escrevi 30 anos atrás. Parti de uma nova ideia, com mudanças radicais. Reescrevi todos os diálogos. Escrevo muito para atores e o elenco é outro", argumenta Silvio, que volta a trabalhar com Jorge Fernando após 10 anos, desde As Filhas da Mãe.
"Vamos estrear com 24 capítulos já gravados. Isso é importantíssimo para o nosso trabalho nos próximos oito meses", salienta Jorge Fernando.
Nesta adaptação, Guerra dos Sexos parte da tragicômica morte dos protagonistas da primeira versão, Charlô e Otávio, vividos na época por Fernanda Montenegro e Paulo Autran. Eles são encontrados mortos em um motel após infartarem simultaneamente em um orgasmo. Com isso, a herança milionária – a mansão e a rede de lojas Charlô's – vai para os sobrinhos, a aventureira Charlô II e o sisudo Otávio II, mais conhecidos como Cumbuqueta e Bimbinho, vividos por Irene Ravache e Tony Ramos. Assim como os tios falecidos, eles não podem vender os bens para fora da família. Com isso, todos os quatrocentões Alcântara Rodrigues e Silva não têm saída, a não ser trabalhar juntos nos negócios.
"O Silvio quer que a gente esqueça a primeira versão. Vai ser uma história fascinante e surpreendente", anima-se Tony Ramos.
Com uma profusão de tomadas externas de esportes radicais, mansões de tirar o fôlego, stock shots com ares cosmopolitas da capital paulista, a trama não se despe de sua função de comédia rasgada, perfeita para a faixa das sete. Mas parece exagerar no pastelão, com repetidas cenas de tortas na cara e muitas patetices.
Mas nada que lembre o tom estridente das antigas empreguetes e suas vassouras como microfones. Dessa vez, o nucleo pobre tem sotaque da Mooca. No bairro, vive boa parte dos personagens, como os bizarros irmãos Nieta e Nenê Stallone, vividos por Drica Moraes e Daniel Boaventura, irmãos pobres de Roberta, personagem de Gloria Pires, que fica viúva e se alia a Charlô na luta entre homens e mulheres na história.
"Estou sempre buscando novas oportunidades de fazer uma comédia rasgada e essa novela é isso. Ganhei na loteria!", anima-se Gloria.
Ainda no bairro, mora o charmoso motorista Nando, de Reynaldo Gianecchini, funcionário de Charlô e Otávio.
"Dessa vez, meu personagem é romântico, não é pegador. Ele quer casar e ter filhos", adianta Gianecchini, cujo personagem habita a cidade cenográfica inspirada na Mooca.
O espaço construído no Projac é repleto de casas germinadas e possui um pórtico com o número 1927, que remete ao período de maior crescimento do bairro, com construções de fábricas e centenas de casarios. No entanto, o que mais chama a atenção na cenografia da trama é a sede da loja Charlô's, também erguida na cidade cenográfica.
Com uma fachada de 50 metros de frente, ela foi criada pelos cenógrafos José Cláudio, Eliane Heringer, Fábio Gomes e Claudiney Barino e inspirada em grandes lojas inglesas de departamentos. Bem diferente da primeira versão da trama, quando as cenas da Charlô's eram gravadas no Shopping Eldorado, na capital paulista.
"Tudo na loja é real, assim como os materiais e acabamentos", explica Eliane.
Mas o cenário mais suntuoso da trama, sem dúvida, é o requintado castelo de Charlô e Otávio, cujo exterior é gravado em Itaipava. Com o local repleto de objetos clássicos, uma biblioteca tradicional, jardins com leões esculpidos em topiaria e mobiliário antigo, a mansão se destaca também pelo living com telas que trazem os rostos de Charlô I e Otávio I – vividos por Fernanda Montenegro e Paulo Autran em cima da lareira. Durante as cenas, eles chegam a mudar de expressão de acordo com o que acontece na sala da mansão.
"Nós também faremos lindas homenagens aos personagens da versão anterior através de flashbacks", avisa Jorge Fernando.
FONTE: O fuxico
Hoje em dia, no entanto, focar no equilíbrio entre sexos mais parece assunto de época diante de tantos avanços comportamentais femininos em casa e no trabalho. Por isso, o remake que Silvio de Abreu estreia no dia 1 de outubro, na Globo, foca principalmente na modernização das relações e nos avanços tecnológicos que influenciaram o autor a reescrever grandes trechos da história novamente dirigida por Jorge Fernando.
"Essa novela não é um remake. Seria se eu refizesse o que escrevi 30 anos atrás. Parti de uma nova ideia, com mudanças radicais. Reescrevi todos os diálogos. Escrevo muito para atores e o elenco é outro", argumenta Silvio, que volta a trabalhar com Jorge Fernando após 10 anos, desde As Filhas da Mãe.
"Vamos estrear com 24 capítulos já gravados. Isso é importantíssimo para o nosso trabalho nos próximos oito meses", salienta Jorge Fernando.
"O Silvio quer que a gente esqueça a primeira versão. Vai ser uma história fascinante e surpreendente", anima-se Tony Ramos.
Mas nada que lembre o tom estridente das antigas empreguetes e suas vassouras como microfones. Dessa vez, o nucleo pobre tem sotaque da Mooca. No bairro, vive boa parte dos personagens, como os bizarros irmãos Nieta e Nenê Stallone, vividos por Drica Moraes e Daniel Boaventura, irmãos pobres de Roberta, personagem de Gloria Pires, que fica viúva e se alia a Charlô na luta entre homens e mulheres na história.
"Estou sempre buscando novas oportunidades de fazer uma comédia rasgada e essa novela é isso. Ganhei na loteria!", anima-se Gloria.
O espaço construído no Projac é repleto de casas germinadas e possui um pórtico com o número 1927, que remete ao período de maior crescimento do bairro, com construções de fábricas e centenas de casarios. No entanto, o que mais chama a atenção na cenografia da trama é a sede da loja Charlô's, também erguida na cidade cenográfica.
Com uma fachada de 50 metros de frente, ela foi criada pelos cenógrafos José Cláudio, Eliane Heringer, Fábio Gomes e Claudiney Barino e inspirada em grandes lojas inglesas de departamentos. Bem diferente da primeira versão da trama, quando as cenas da Charlô's eram gravadas no Shopping Eldorado, na capital paulista.
"Tudo na loja é real, assim como os materiais e acabamentos", explica Eliane.
"Nós também faremos lindas homenagens aos personagens da versão anterior através de flashbacks", avisa Jorge Fernando.
FONTE: O fuxico
Nenhum comentário:
Postar um comentário