quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Salve Cleo
Cleo Pires, protagonista da próxima novela das oito da Globo, Salve Jorge, mais sexy do que nunca, conta como foram os 40 dias que passou gravando na Turquia, com direito a cenas externas de madrugada, passeios de moto e muitos véus.
Cleo Pires não está só loira. Está ainda mais sensual – e isso nada tem a ver com a mudança na coloração de seus cabelos. O novo aqui vem de sua personagem Bianca, protagonista do novo folhetim da Globo, Salve Jorge, que estreia em outubro no horário nobre da emissora. Quem a viu vestindo roupas de seda bordada, a barriga exposta, usando joias tribais locais e rodopiando com um grande véu roxo pelas areias do deserto da Capadócia, na Turquia, entendeu como a dança lhe deu um novo sex appeal. Tarefa nada fácil para quem é musa consagrada da tevê.
“Foi muito desafiador. Tive de improvisar e usar a intuição. Fora que gravar as cenas ao ar livre tem muitos imprevistos como o vento e a poeira que entrava nos olhos”, lembra a atriz, que fez aulas de dança do ventre e de kasik oyunu – a lendária dança das colheres – aqui no Brasil antes de embarcar.
Gente conversou com a atriz carioca, que faz 30 anos em outubro, bem quando estreará a novela. Na ocasião da entrevista, ela ainda estava na Turquia, onde passou 40 dias gravando as cenas iniciais da trama, escrita por Gloria Perez e dirigida por Marcos Shettman. Um staff de 150 pessoas acompanhou o elenco que também gravou em Istambul: Rodrigo Lombardi, Thiago Abravanel, Mariana Rios e Nanda Costa, entre outros.
Happy hour turco
Cleo conta da rotina puxada das gravações. “Acordávamos às 3 horas para fazer maquiagem e às 5 horas já estávamos gravando e só parávamos na hora do almoço”, lembra. O horário tinha razão de ser. Como o diretor queria tomadas do voo dos balões pela região, esporte comum no país, ele tirava todo mundo cedo da cama para aproveitar a decolagem e os ventos favoráveis do início da manhã.
À tarde, a turma se dividia. Parte saía para passeios de moto pela vila de Goreme. Parte ficava no hotel mesmo, descansando. A trupe só voltava a se ver no final do período, no bar Fat Boys, uma espécie de point dos atores e técnicos. Ali, a turma revezava no comando do som, colocando seus aparelhos MP3 recheados de MPB para tocar enquanto travavam duelos na mesa de sinuca. Cleo tirava seus cochilos, mas também circulou de quadriciclo e era figura frequente no bar. Às 19 horas, todos já estavam de volta aos seus quartos. Afinal, a labuta começava cedo.
Cleo lembra com saudosismo da temporada turca. Ela conta aqui do que mais gostou no país, do pão artesanal delicioso, do pouco que aprendeu a falar da língua local e do cair da tarde no bar, ouvindo MPB às bordas do deserto.
Quarenta dias longe de casa. O que foi mais difícil? A saudade do namorado (João Vicente Castro, com quem está desde 2009)?
Ah, a saudade dele foi gigantesca. Nos falamos menos do que queríamos porque o fuso não ajudava nada.
Complicado gravar as cenas no deserto, ao ar livre?
Ao ar livre existem alguns imprevistos como vento, poeira, mas é desafiador também porque te obriga a improvisar e usar muito mais a intuição. Você acaba usando o que seu corpo realmente assimilou.
Você fez aula aqui no Brasil antes de viajar. Qual dança é mais difícil: a do ventre turco ou a kasik oyunu (dança das colheres)?
Todas as danças são difíceis, mas muito prazerosas de aprender. Fiz aulas no Brasil e na Turquia, com uma dançarina brasileira que mora no país, a Clara Sussekind.
E como foi a rotina de trabalho por lá?
Foi bem intensa. Acordávamos às 3 horas para fazer maquiagem e às 5 horas já estávamos gravando, voando de balão, e só parávamos na hora do almoço. Em dias com cenas mais difíceis, o horário se estendia. Mas, se fosse só isso, seria fácil. O problema foi trabalhar assim com seis horas a mais de fuso horário. O organismo sente bastante. Mesmo assim, era muito gratificante estar ali, poder conhecer um mundo tão diferente, entender como as pessoas daquele lugar funcionam, o que faz sentido para eles. Para ajudar a encontrar o personagem também foi muito legal.
Quem é a Bianca, sua personagem na novela?
Adoro personagens com arcos bem marcados, que começa de um jeito e a vida vai transformando, sabe? Ela é bem assim: forte, voluntariosa, curiosa, determinada. Farei par com o Domingos (Montagner, no papel de Zyah).
Vi que você usa roupas típicas, exóticas, nas cenas. Um figurino bem diferente, não?
Tinha bastante roupa assim, clássicas, né? Os caftãs, as batas, os saruéis. Mas engraçado é que nas ruas as pessoas de lá não usam quase essas roupas. Tem mais nas lojas, para vender aos turistas.
E você teve tempo de fazer algum programa mais turístico por lá?
Olha, eu não consigo muito ser turista não, de ficar indo nos pontos turísticos, essas coisas. Eu até me cobro de fazer isso, mas o que eu gosto mesmo é de conhecer a cidade meio solta ou com pessoas locais. Adoro ir descobrindo os lugares e, às vezes, até ficar de bobeira mesmo, que também é bom. Gosto de me sentir meio morando no lugar mais do que conhecendo “tudo ao mesmo tempo agora”.
E o que fazia nas horas vagas?
Eu encontrava muito com a Clara Sussekind, uma brasileira que mora na Turquia há anos e é dançarina. Ela me inspirou muito. Fazíamos aulas de dança, conversávamos, ou então ia com a equipe ao bar Fat Boys. Ficamos muito amigos do dono, eu chegava e colocava meu mp3 com músicas do Brasil para tocar, jogava uma sinuquinha, relaxava… era muito bom! Morro de saudades. Também peguei o quadriciclo para conhecer a parte alta de Goreme e descobrir as cidades vizinhas, que eram muito próximas.
O que mais gostou na Turquia?
O que eu mais gostei mesmo foi da Capadócia. A energia do lugar, a geografia, a forma de as pessoas viverem, o jeito como lidam com o dinheiro, com as amizades, com o trabalho. Me senti muito em casa, como se eu já conhecesse aquele lugar. Me senti muito “viva” o tempo todo, uma energia latente, abundante, intensa. Era época do Ramadã por lá, então, cinco vezes por dia as mesquitas soltavam uma cantoria tão linda! Depois fiquei sabendo que eram versos do Alcorão. Fiquei apaixonada por isso, embalava meus dias.
E de comida?
Ah, tinha um pão artesanal maravilhoso. Um docinho folheado de maçã com chá, hum! Comemos só coisas típicas: tinha azeitona, tomate e pepino no café da manhã, muito carneiro no almoço e um frango temperado feito em panela de barro que para comer tinha de quebrar a panela.
Aprendeu a falar alguma coisa em turco?
Só o básico: “oi”, “tchau”, “sim”, “obrigada’ e, óbvio, o “desculpe, eu não falo turco” (risos). Completamente monossilábica.
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